Apresentação do Livro de Guilherme Piló: “Homens sem coração” na Biblioteca Municipal
A história da pesca do bacalhau pelos Portugueses, muitas vezes referida por a Faina Maior, é a base desta obra que nasce da experiência de um nazareno que participou nesta intensa aventura pelos mares gélidos.
“Homens sem coração” dá nome ao livro que retrata a vida de um homem na pesca do bacalhau, editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, que o autor Guilherme Piló apresentará no próximo sábado, dia 13 de novembro, às 16 horas, no auditório da Biblioteca Municipal da Nazaré.
A sessão contará com a presença de Guilherme Piló, seus amigos e familiares para falarem da obra e do seu autor, e ainda de música tradicional local.
Guilherme Piló Sales nasceu em 1942, na Nazaré, onde até aos cinco anos de idade cresceu no meio dos barcos e das caixas de peixe. Veio depois com a família para Matosinhos, onde aprendeu a nadar e a pescar na praia. Aos sete anos, mudam-se para Leça, com os parcos haveres carregados num carro de mão. Aos doze anos, passa a viver em Vila Chã, onde começa a vida no mar, na pesca à faneca e aos congros, com linha de mão e arcos. Vai ao bacalhau pela primeira vez com dezassete anos, em 1960.
Seguindo a tradição dos antepassados pescadores da Nazaré, foi, pela primeira vez, ao bacalhau com dezassete anos de idade, em 1960.
Seguiram-se sete campanhas como pescador à linha nos pequenos barcos dóri, nas águas tempestuosas dos Grandes Bancos da Terra Nova e da Gronelândia, na designada Faina Maior, a Epopeia do Bacalhau, um dos episódios mais esquecidos e mais notáveis da história marítima portuguesa.
Este livro é o relato autobiográfico de memórias marcantes desses tempos, dessas viagens e dessas fainas de extrema dureza, cheias de perigos e de privações, na pesca do bacalhau à linha. Um homem sem coração arrisca tudo na vida e ali era preciso ir ao limite ou mesmo ultrapassá-lo, diz o autor deste relato. Uma história comovente de bravura, dedicação e amor pelo mar.
A apresentação do livro tem o apoio e a colaboração da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
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