Distrito de Leiria está sob aviso amarelo devido à previsão de condições adversas
Está prevista precipitação, Vento Forte e Agitação Marítima que chegam com a Tempestade Karlota
Todos os distritos de Portugal Continental vão estar sob aviso amarelo esta quinta-feira, 8 de fevereiro, devido à previsão de chuva por vezes forte, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Nos próximos dias, para além da chuva, também se prevê vento forte e agitação marítima em Portugal Continental e na Ilha da Madeira.
Assim, e de acordo com a informação disponibilizada pelo IPMA, salienta-se para o dia 8 de fevereiro precipitação persistente e por vezes forte em todo o território, em especial a partir da tarde, Vento forte a predominar do quadrante sul no litoral Oeste (<45 Km/h) com rajadas até 85 Km/h e nas terras altas (até 55 Km/h) com rajadas da ordem dos 110 Km/h, bem como Agitação marítima forte na costa ocidental, com ondas de sudoeste com 4 a 5,5 metros de altura significativa, a manter-se nos dias seguintes passando gradualmente a ondas de noroeste
Para sexta-feira (09FEV), estão previstos aguaceiros que serão por vezes fortes nas regiões Norte e Centro, podendo ser de neve acima de 1200/1400 m, Vento a predominar do quadrante oeste, soprando forte (<45 km/h) no litoral Oeste e nas terras altas (<55 Km/h) com rajadas até 100 km/h e agitação marítima forte na faixa costeira ocidental
De acordo com a informação disponibilizada pela APA – Agência Portuguesa do Ambiente, poderá ocorrer aumento significativos de caudais na generalidade das bacias hidrográficas, mas sem situações críticas. Deverá ser dada uma especial atenção às zonas historicamente identificadas como vulneráveis a inundações, em particular em bacias hidrográficas não regularizadas e de rápido escoamento. Podem ainda ocorrer dificuldades de escoamento causadas por obstruções da rede pluvial e/ou de linhas de água que podem dar origem a constrangimentos locais.
Os episódios típicos das estações de transição, com a ocorrência de precipitação intensa, vento forte e agitação marítima, estão normalmente associados:
À ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento
À ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras
À instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo
À contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais
Ao arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública
A piso rodoviário escorregadio e formação de lençóis de água
A danos em estruturas montadas ou suspensas;
À possibilidade de queda de ramos ou árvores, bem como de afetação de infraestruturas associadas às redes de comunicações e energia
A dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis
A possíveis acidentes na orla costeira, devido à agitação marítima
O Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) da Nazaré recomenda aos Agentes de Proteção Civil (APC), Entidades Cooperantes e à população em geral a tomada das necessárias medidas preventivas, que mitigam a ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais.
Com as primeiras chuvas, as quantidades de lixo depositado nas embocaduras dos sistemas de águas pluviais, a obstrução originada pela queda de folhas de árvores e os detritos vegetais juntamente com outros materiais inertes que durante a estação seca se depositaram ao longo das valetas das vias de comunicação, contribuem para situações de obstrução dos canais de escoamento.
Estas são geralmente responsáveis pelo arrastamento e concentrações destes resíduos sólidos em locais inadequados (sarjetas, sumidouros, valetas) originando acumulações de águas pluviais que poderão provocar cortes de vias de comunicação ou mesmo inundações nos pisos mais baixos de edifícios.
Desta forma, recomenda-se a limpeza e desobstrução de sumidouros, valetas e outros canais de drenagem, removendo folhas caídas das árvores, areias e pedras que ali se depositaram previamente à época das chuvas. A verificação da funcionalidade dos sistemas de drenagem urbana é essencial.
Paralelamente, cada cidadão deve também tomar uma atitude pró-ativa, nomeadamente assegurando a desobstrução dos sistemas de escoamento de águas pluviais dos quintais, ou varandas e a limpeza de sarjetas, algerozes e caleiras dos telhados de habitações, refere o SMPC.
O arrastamento e deposição de materiais sólidos pelos cursos de água pode contribuir, significativamente para o acréscimo dos efeitos das cheias. Outros condicionantes, como a falta de obstáculos à progressão da água nas bacias drenantes e a incapacidade de retenção da precipitação no coberto vegetal assim como a diminuição da capacidade de vazão das linhas de água e da capacidade de armazenamento nas albufeiras devido ao arrastamento de sólidos (por erosão) desde as bacias drenantes até à linha de água, são fatores associados às inundações por cheias
Neste contexto, recomenda-se a adoção, entre outras, das seguintes medidas de precaução:
Desobstrução de linhas de água principalmente junto a pontes, aquedutos e outros estrangulamentos do escoamento
Limpeza de linhas de água assoreadas
Limpeza dos resíduos sólidos urbanos (muitos deles de grandes dimensões) depositados nos troços marginais dos cursos de água
Evitar cortes rasos de material lenhoso ardido em situações de declive intenso, localizados nas proximidades das linhas de água
Recolha ou trituração dos resíduos resultantes do corte dos salvados das áreas ardidas localizadas nas margens das linhas de água
Recolha ou trituração dos resíduos de atividades agrícolas e florestais existentes nas margens das linhas de água
Verificação (e eventual reparação) de eventuais situações de desmoronamentos das margens das linhas de água, de modo a evitar obstruções ou estrangulamentos
Inspeção visual de diques, ou outros aterros longitudinais às linhas de água, destinados a resguardar os terrenos marginais
Verificação da instabilidade de taludes ou movimentos de massa motivados pela infiltração de água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais
No arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte:
Efetuar a verificação de todas as estruturas que, pelas suas características (dimensão, formato, altura desde o solo, resistência ao vento), possam ser facilmente arrastadas ou levantadas dos seus suportes, procurando garantir que resistem aos ventos fortes
Remover ou desmontar preventivamente as estruturas instáveis ou com potencial de risco, guardando-as em locais seguros sempre que ocorram ventos fortes previsíveis
Recomenda-se ainda:
A Adotação de uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de “lençóis de água” nas vias rodoviárias
Que não atravessem zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas
Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a inundações rápidas
Que se tenha especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atenta para a possibilidade da queda de árvores, principalmente nas zonas afetadas por incêndios
Que se verifiquem todas as estruturas que, pelas suas características (dimensão, formato, altura desde o solo, resistência ao vento), possam ser facilmente arrastadas ou levantadas dos seus suportes, procurando garantir que resistem aos ventos fortes. Nos casos em que tal seja
impossível, deve garantir-se a remoção ou desmontagem dessas estruturas, guardando-as em locais seguros
Que se esteja atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil, Forças de Socorro e Forças de Segurança
O Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) da Nazaré apela a todos os Agentes de Proteção Civil (APC), Entidades Cooperantes e população, para que adotem as medidas preventivas que constam neste comunicado, e para que divulguem as mesmas pelas comunidades locais, com vista à mitigação dos riscos descritos, garantindo a salvaguarda e a proteção dos cidadãos e dos seus bens.
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