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Nazaré integra o movimento “Cidade dos Afetos”
20 Maio 2019
Nazaré integra o movimento “Cidade dos Afetos”
O Município da Nazaré formalizou, no passado sábado, 18 de maio, a sua adesão à “Cidade dos Afetos”, uma iniciativa que pretende chamar os afetos como mecanismo fundamental de desenvolvimento para o dia-a-dia das comunidades.
O Movimento começou a desenhar-se no ano letivo 2009/10 no concelho do Barreiro, com a iniciativa “Dia dos afetos nas escolas”, integrada na área da saúde escolar.
Atualmente, treze municípios do país compõem esta rede dos afetos, dos quais seis pertencem ao ACES Oeste-Norte (faltam apenas 2 municípios desta Região).
“Já são muitos milhares de alunos que beneficiam deste projeto e várias dezenas de instituições envolvidas, o que nos deixa muito felizes”, disse Jorge Nunes, coordenador da Unidade de Saúde Pública do ACES oeste-norte, que recordou a missão de trabalho da sua equipa: “trabalhamos na área da promoção da saúde e os afetos são um dos eixos estratégicos dos nossos planos”.
Mário Durval, delegado da ARSLVT, realçou, por sua vez, “a importância de se colocarem os afetos à frente de todas as outras coisas, e isto envolve tudo o que fazemos no dia-a-dia”.
“O afeto é toda a relação que mantemos com as nossas raízes, com a pessoas, com o território. Estamos a falar de saúde. Todos ouvimos recomendações diariamente, mas damos pouca relevância a alguns estudos científicos, tais como os que acompanham gerações há décadas, acerca das razões da longevidade de algumas pessoas. O que é verdadeira importante para as pessoas viverem até mais tarde são as relações que têm: afetivas, familiares, no trabalho, na comunidade, relações sólidas, de apoio ao outro”.
Estudos efetuados revelam que maior afetividade entre as pessoas diminui a violência, a agressividade gratuita e os conflitos inúteis, promovendo maior urbanidade, coesão social e tolerância, valores essenciais a uma comunidade desenvolvida.
Por outro lado, o desenvolvimento de relações afetivas aos lugares, costumes e tradições locais permite a identificação das comunidades com as suas raízes e consequentemente a busca dum futuro assente nas potencialidades e recursos locais e numa perspetiva de desenvolvimento sustentável.
Mário Durval recordou que “uma terra sem passado é uma terra sem futuro, pelo que dar às novas gerações a dimensão da luta dos antepassados para a construir é uma forma de garantir a coesão cultural e o sentimento de pertença no futuro”, tendo dado como exemplo o nome que se dá às ruas, que têm o seu significado para as comunidades locais.
No âmbito do acordo de adesão do Município ao Movimento, a Nazaré compromete-se a dar apoio a iniciativas da comunidade que possam desenvolver a afetividade entre os cidadãos, desenvolver iniciativas que ajudem a catalisar outros parceiros para alargar este movimento e a promover a semana dos afetos, em fevereiro de cada ano.
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