25 de Abril: Partidos recordam o legado dos capitães de abril
Celebram-se, hoje, 48 anos da Revolução de Abril, data que marca a instalação da democracia em Portugal.
A memória e o futuro foram temas em destaque nos discursos da sessão solene do 25 de Abril da Assembleia Municipal da Nazaré, onde os representantes das forças políticas eleitas, o Presidente da Câmara da Nazaré e o Presidente da Assembleia Municipal falaram da data.
“No ano que marca o arranque dos festejos do 50º aniversário da revolução é tempo de lembrar a história da vitória da democracia sobre a ditadura”, disse a deputada Telma Ferreira do Bloco de Esquerda para quem as “as conquistas alcançadas não são irreversíveis e devem ser defendidos e protegidas”.
“Manter vivo o espírito de abril implica aprofundar a democracia”, apelando, perante os inúmeros acontecimentos mundiais, a necessidade de manter constante a memória e a preservação dos valores da data marco da democracia.
Por sua vez, Sara Vidal, da CDU, disse, no seu discurso sobre os 48 anos da “madrugada mais libertadora”, feita pelos Militares com o apoio da população, que importa relembrar que este momento “deve ser um constante acontecer no nosso presente”.
“É fundamental o fazer acontecer”, disse a deputada, acerca do legado recebido de todos os que sofreram com o fascismo, acrescentando que, perante os factos que se repetem pelo mundo e que atentam contra a liberdade, “devemos ser vigilantes no perdurar da memória histórica e aprofundar a vivência democracia especialmente nas gerações mais novas”
Tânia Gandaio, eleita pelo PSD, começou por falar do conceito de liberdade no século XXI para referir que “não há ideologia política que justifique a invasão de países soberanos, a guerra e morte de civis indefesos. Mais do que nunca é importante lançarmos a semente da paz”.
“A liberdade garante-nos o pensamento criador, a diversidade de opinião, a convivência tolerante e a critica independente”.
Os 17 532 dias de democracia foram, no discurso de Pedro Marques, eleito pelo PS, salientados como o caminho de oportunidades abertas por este quadro político, que devem ser tidos em conta numa altura em que, pelo mundo, se evidenciam “sinais preocupantes de regressão da democracia”, sinais do “descontentamento da população frágil pelo contexto socioeconómico que se vive”.
“Garantir que há futuro” é, para o deputado, um dos grandes desafios que se colocam aos que foram eleitos como representantes do povo.
Walter Chicharro, presidente da Câmara, recordou, no seu discurso, os momentos que conduziram à Revolução de abril e as suas vitórias.
“É bom poder ter opiniões distintas, como é bom podermos falar livremente”, disse o autarca, recordando as conquistas de abril, como o poder do voto, dos avanços na medicina e qualidade de vida da população, e liberdade de expressão.
“É momento de gritar aos 4 ventos que não andaremos para trás”, disse o autarca sublinhando que “queremos continuar a ter liberdade de expressão, a ter o direito de escolher os nossos representantes e a ter igualdade entre géneros, etnias e pigmentações de pele”.
Por último, José Ramalhal – Presidente da Assembleia Municipal da Nazaré (PS), que faz parte da geração que fez a revolução, disse que “os 48 anos passaram rápido para a geração com 70 anos e que fizeram a revolução”, falando, em seguida, na necessidade destes passarem o testemunho aos mais novos para que estes rejuvenesçam a celebração da data
A sessão solene pode ser vista na íntegra em: https://www.youtube.com/watch?v=a6jcUYoxc0Y
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